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AS PRÁTICAS EDUCATIVAS
A prática educativa, de forma ampla, pode ser definida como a forma que se conduz o ensino de um determinado tema, onde os meios de realização e os objetivos a serem alcançados passam a ser os elementos constitutivos das práticas educativas (BRAGANÇA et.al., 2008).

Dá para improvisar?
Para Zabala (1998) tais elementos são os resultados da adaptação das possibilidades reais do meio escolar e não deve ser fruto de improvisação. Isso ocorre a partir de um modelo teórico adaptado às condições da escola, como, por exemplo, a estrutura da escola, as pressões sociais, os recursos disponíveis, a trajetória profissional dos professores, as ajudas externas, etc.
Assim, “a prática educativa pode ser interpretada não apenas a partir do que não se faz com relação a um modelo teórico, mas também como o resultado da adaptação às possibilidades reais do meio em que se realiza” (Zabala, 1998, p. 23). Nessa concepção, o aluno precisa ser provocado para que compreenda a sociedade na qual está inserido e que seja capaz de buscar melhores condições de vida para a sociedade como um todo:
“A prática educacional deve despertar os alunos e direcioná-los para caminhos mais solidários, considerando suas relações em convívio com a sociedade, uma vez que esta é injusta na distribuição desigual dos benefícios sociais.” ALBUQUERQUE; EL SOUKI, (2003)

Para Zabala (1998) os princípios da concepção construtivista do ensino e da aprendizagem escolar proporcionam alguns parâmetros que permitem orientar a ação didática e que, de maneira específica ajuda a caracterizar as interações educativas que estrutura a vida de uma classe, estabelecendo as bases de um ensino que possa ajudar os alunos a se formarem como pessoas no contexto da instituição escolar.
O livro de Antoni Zabala (1998) tem por objetivo “oferecer determinados instrumentos que ajudem  os professores a interpretar o que acontece na aula, conhecer melhor o que pode se fazer e o que foge às suas possibilidades; saber que medidas podem tomar para recuperar o que funciona e generalizá-lo, assim como para revisar o que não está tão claro” (p.24).



REFERÊNCIAS (deste post)
ALBUQUERQUE, C.M. G. EL SOUKI, F.G. A Prática Docente: o Ensinar e Aprender. In: Lato & Sensu, V.4, N.1, 2003.
BRAGANÇA, Bruno; FERREIRA, Leonardo Augusto Gonçalves; PONTELO, Ivan. Práticas Educativas e Ambientes de Aprendizagem Escolar: Relato de Três Experiências. CEFET MG: Seminário Nacional de Educação Profissional e Tecnológica, 2008.
ZABALA, A. A prática Educativa: Como Ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.

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