Desenvolvendo competências no ensino superior
Apesar da noção de competência não ser
um termo novo, há uma diversidade de conceitos, implicações e variações de
abordagens, podendo ser analisadas sob a ótica da organização e das pessoas. Segundo
Bitencourt (2001), que pesquisou o conceito de competência sob a ótica de
vários autores, os conceitos de competência apresentam diferentes aspectos. Explorando
o aspecto da formação + ação implícito na noção de competência proposta por Perrenould
(1999).
"Competência é a faculdade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos para solucionar uma série de situações. Trata-se de uma capacidade de agir eficazmente em um determinado tipo de situação, apoiada em conhecimento, mas sem limitar-se a eles". Perrenould (1999).
Em um exemplo simples, o autor menciona:
“Localizar-se numa cidade desconhecida, por exemplo, mobiliza as capacidades de ler um mapa, pedir informações; mais os saberes de referências geográficas e de escala.” A descrição de cada competência deve partir da análise de situações específicas. Perrenould, 2000.
Na concepção construtivista interacionista a construção do conhecimento encontra-se na
interação, ocorrendo quando ações físicas ou mentais do sujeito sobre objetos
provocam o desequilíbrio. Na concepção construtivista interacionista a construção do conhecimento encontra-se na
interação, ocorrendo quando ações físicas ou mentais do sujeito sobre objetos
provocam o desequilíbrio.
À medida que este conteúdo é assimilado e acomodado, as perturbações fazem surgir algo novo, resultando na construção de esquemas. Tais esquemas tornam-se cada vez mais refinados, fazendo com que as próximas assimilações sejam diferentes e melhores que as anteriores (BECKER, 2001).
Assim, de
acordo com esta abordagem, o individuo aprende quando consegue apreender um
conteúdo e formular uma representação pessoal de um objeto ou realidade. Esse
processo é determinado por experiências, interesses e conhecimento previsto
(LAKOMY, 2008). Neste contexto, Vasconcelos (2005) menciona que há necessidade
de refletir-se sobre as estratégias freqüentemente utilizadas no ensino
superior brasileiro.
Entretanto, uma competência nunca é a implementação racional pura e simples de conhecimentos e modelo de ação (PERRENOULD, 1999) e seu desenvolvimento não ocorre naturalmente. Para desenvolver competências é necessário um processo de ensino-aprendizagem. A possibilidade de desenvolver os conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias à formação do profissional, está atrelada e depende, em muito, do projeto político pedagógico e dos programas de aprendizagem instituídos e desenvolvidos pela Instituições de Ensino Superior - IES (BRAVO, 2009).
Entretanto, uma competência nunca é a implementação racional pura e simples de conhecimentos e modelo de ação (PERRENOULD, 1999) e seu desenvolvimento não ocorre naturalmente. Para desenvolver competências é necessário um processo de ensino-aprendizagem. A possibilidade de desenvolver os conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias à formação do profissional, está atrelada e depende, em muito, do projeto político pedagógico e dos programas de aprendizagem instituídos e desenvolvidos pela Instituições de Ensino Superior - IES (BRAVO, 2009).
REFERÊNCIAS
(deste post)
BITENCOURT, C. C. A gestão de Competências Gerenciais – a Contribuição da Aprendizagem Organizacional.
Tese de Doutorado – Programa de Pós-Graduação em Administração. Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2001. 320f. Disponível em:
<www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/1793/000308546.pdf?sequence=1>.
BRAVO,
ROSELI TEREZINHA CUNHAGO. Estratégias de Ensino-Aprendizagem: o Desenvolvimento
de Competências Interpessoais na Visão de Docentes e Discentes do 4º ano de um
Curso de Graduação em Administração. Dissertação de Mestrado - Programa de
Pós-Graduação em
Administração. Pontifícia Universidade
Católica do Paraná (PUC PR), Curitiba, 2009.
GARDNER, Howard. Inteligências
Múltiplas, a teoria na prática. Porto Alegre: Artmed, 2000, 257p..
MOSCOVICI, F. Desenvolvimento
interpessoal: treinamento em grupo. 17.ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2008.
PERRENOUD. P. Construir
as competências desde a escola. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.
PERRENOUD,
P. Ensinar: agir na urgência, decidir na incerteza. Porto Alegre:
Artmed, 2001.
VASCONCELOS, M. L. M. C. A
universidade brasileira diante de um novo perfil de aluno: o desafio da
educação continuada. In: Educação Brasileira, Brasília, v. 27, n. 55, p.
81-93, jul./dez. 2005.
ZABALA, A. A prática
Educativa: Como Ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.