Antes de falarmos sobre o construtivismo, começamos com uma reflexão do texto de Humberto Maturana sobre como, ao nos declararmos seres racionais, vivemos em uma cultura que desvaloriza as emoções. Entretanto, ambas convivem entrelaçadas no cotidiano. Postamos um vídeo produzido por Franciele Bortolotto e Mônica Vian na disciplina de processos de ensino-aprendizagem que as mesmas cursaram.
Referências: a construção do conhecimento no paradigma construtivista
Para Becker (2001), na concepção
construtivista interacionista a construção do conhecimento encontra-se na
interação, ocorrendo quando ações físicas ou mentais do sujeito sobre objetos
provocam o desequilíbrio.À medida que este conteúdo é assimilado e acomodado,
as perturbações fazem surgir algo novo, resultando na construção de esquemas.
Tais esquemas tornam-se cada vez mais refinados, fazendo com que as próximas
assimilações sejam diferentes e melhores que as anteriores.
Lakomy (2008) inicia
fazendo uma breve introdução ao tema da aprendizagem e, em seguida, aborda as
teorias cognitivas da aprendizagem. Neste segundo momento, a autora aborda
(seguindo a ordem do livro) o Construtivismo Psicogenético, a Teoria Sócio-interacionista,
o Construtivismo em sala de aula, a Teoria da Instrução, Aprendizagem por Descoberta,
Aprendizagem Significativa, Teoria da Efetividade e a Teoria das Inteligências Múltiplas.
Para
Lakomy (2008), a concepção construtivista é um referencial explicativo que
interpreta o processo de ensino-aprendizagem como um processo social de caráter
ativo, em que o conhecimento é fruto da construção pessoal e ativa do aluno. As
práticas educativas tornam-se importantes, uma vez que envolvem capacidades
cognitivas, de equilíbrio pessoal, de relações sociais, intrapessoais,
interpessoais e capacidades motoras. Neste processo o professor atua como
mediador e o aluno, por sua vez, é um sujeito ativo na construção do seu
conhecimento.
De acordo com a abordagem construtivista “o individuo aprende quando
consegue apreender um conteúdo e formular uma representação pessoal de um
objeto ou realidade. Esse processo é determinado por experiências, interesses e
conhecimento previsto [...]”. Para Perrenoud (2001) os saberes adquiridos são
constantemente remanejados, reestruturados pelas novas experiências, e o tempo
de aprendizagem não se confunde com o tempo de ensino.
Gil (2010) corroborando com a visão de Lakomy (2008)
quanto ao papel do aluno e do professor no processo de aprendizagem
construtivista, afirma que o principal papel do professor não é o de ensinar,
mas de ajudar o estudante a aprender.
Requer-se um
professor que aceite deixar de ocupar o centro do cenário de ensino e reconheça
os estudantes como parceiros do processo de ensino. Que não se veja como
especialista, mas como mediador do processo de aprendizagem. Que tenha a
disposição de ser uma ponte entre o aprendiz e a aprendizagem – não uma ponte
estática, mas uma ponte “rolante”, que ativamente colabora para que o aprendiz
chegue aos seus objetivos (MASSETO apud
GIL, 2010, p. 37).
REFERÊNCIAS
(deste post)
BECKER, F. Educação
e construção do conhecimento. Porto Alegre: Artmed, 2001.
GIL, Antônio
Carlos. Didática do Ensino Superior. 1ª Edição, 5ª reimpressão. São Paulo:
Editora Atlas, 2010.
LAKOMY, A.M. Teorias cognitivas da aprendizagem. 2.ed. .rev. Curitiba:Ibpex,
2008. 93p.
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